quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cientistas avaliam, os benefícios terapêuticos do LSD


Pesquisadores de universidades respeitadas têm observado o potencial do LSD e de outras drogas, como ecstasy e maconha, quanto às terapias de saúde dos pacientes.
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", um crescente número de pessoas tem usado LSD, maconha e ecstasy para ajudar uma variedade de doenças, incluindo anorexia nervosa, dores de cabeça, enxaquecas e ataques de síndrome do pânico.



(LSD, maconha e ecstasy são usados em terapias alternativas; estudos com o primeiro se aprofundam)
Ainda segundo o jornal, "o surgimento de comunidades que passam drogas entre usuários na base da amizade, suporte e ajuda --com dinheiro raramente envolvido-- acontece em meio a um ressurgimento da pesquisa de possíveis benefícios terapêuticos das drogas psicodélicas". O fato gera otimismo entre os adeptos do uso de droga enquanto terapia, uma vez que há a possibilidade de obtenção de remédios baseados em psicotrópicos diretamente dos seus respectivos médicos --sem o risco de ser preso por isso.
Dentre os usuários que esperam que as drogas sejam usadas como uma alternativa está a professora universitária Anna Jones (nome fictício), 35, que consome LSD uma ou duas vezes por ano. Ela diz ter receio de que, sem suas doses ocasionais, possa voltar ao alcoolismo, problema que abandonou há 14 anos, com a ajuda da droga proibida.
"Para mim, foi o catalisador para desistir de comportamentos destrutivos --alcoolismo e tabagismo. Quando era estudante, eu costumava beber duas ou três garrafas de vinho, dois ou três dias por semana, porque eu não tenho muitos amigos e não me sinto confortável comigo mesma", diz ela. "Então eu tomei LSD um dia e não me sinto mais sozinha. Ele me ajudou a me ver diferente, a aumentar a minha autoconfiança, a perder meu desejo de beber ou fumar e apenas me sentir alguém no mundo. Não toquei em álcool e cigarros desde aquele dia, em 1995, e sou muito mais feliz do que antes."


Drogas como terapia
Muitos outros usam as drogas para lidar com ataques de ansiedade crônica provocados por doenças terminais, como o câncer.
Várias pesquisas foram conduzidas sobre drogas psicodélicas entre as décadas de 1950 e 1960. Em alguns lugares, elas efetivamente se tornaram item de prescrição médica para tratamento de ansiedade, depressão e dependência química.
Mas uma reação contra o LSD (baseada na preocupação de que o poderoso alucinógeno estava se difundindo como droga recreativa, e medo de que o uso excessivo desencadeasse esquizofrenia e outras doenças mentais) fez com que a pesquisa com a droga fosse proibida nos anos 1970.
Sob o Ato de Abuso de Drogas, datado de 1971, o LSD leva classificação A, o que significa que é considerada uma droga perigosa, como também sem qualquer valor médico.
Agora, John Halpern, psiquiatra da Escola Médica de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que 53 pessoas com crises de enxaqueca tomaram LSD ou psilocibina (composto ativo dos chamados "cogumelos mágicos") ilegalmente tiveram alívio da dor Ele e sua equipe internacional estão investigando se o 2-Bromo-LSD, versão não-psicodélica do LSD conhecida como BOL, pode ajudar na mesma condição.
Estudos sobre como drogas estão ajudando pessoas também estão sendo conduzidos no Reino Unido. Amanda Feilding, diretora da Fundação Beckley, em Oxford, organização que investiga consciência, é uma figura-chave para o ressurgimento do interesse científico nas drogas psicodélicas --e expressa seu entusiasmo mencionando dois trabalhos científicos.
"Um deles, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, foi a primeira pesquisa a obter aprovação do uso de LSD, ante corpos regulatórios e de ética, desde os anos 1970", afirma. Aqueles que participaram do estudo são os primeiros a tomar LSD legalmente nas últimas décadas, como parte de uma pesquisa para saber se ele ajuda a criatividade. "LSD é uma substância potencialmente valiosa para a saúde humana e para a felicidade."
O outro é um estudo suíço em que a droga é dada como complemento da psicoterapia para as pessoas que têm câncer em estado terminal, a fim de ajudá-los a lidar com a profunda ansiedade provocada pela morte iminente. "Se você manipula o LSD com cuidado, não se torna mais perigoso do que outras terapias", disse Peter Gasser, psiquiatra que lidera os trabalhos.
Na Universidade Johns Hopkins, em Washington, um outro estudo analisa se a psilocibina pode auxiliar a psicoterapia para pessoas com dependência crônica de substâncias que não tenham sido ajudado por um tratamento mais convencional.
Mas a reputação do passado pode fazer com que seja difícil a aprovação de medicamentos psicodélicos, segundo a Agência Regulatória de Medicina e Saúde do Reino Unido. "'O efeito adverso conhecido de drogas psicodélicas teria de ser considerado com muito cuidado na análise risco / benefício, antes que drogas possam ser aprovadas para uso medicinal", disse um porta-voz.


Agora segue um trecho do documentário “Manifesting the Mind”.Onde várias figuras importantes dizem terem sido de certa forma "inspiradas pelo uso de LSD". Como Steve Jobs (Presidente,Diretor e Co-fundador da Apple), "o LSD foi muito útil para minha criatividade,tomar LSD foi uma das 2 ou 3 coisas mais importantes que eu fiz em minha vida", afirma ele.





Fonte: FolhaOnline



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